Dada a necessidade de digitalização para avançar na construção de um sistema de atenção às vítimas que esteja homologado pelas diversas áreas do governo, junto com a Secretaria de Igualdade Substantiva entre Mulheres e Homens (SISEMH) foi identificada uma área de oportunidade para melhorar os pontos de primeiro contato com as mulheres vítimas de violência por meio do armazenamento digital de suas denúncias. Isso permite, por um lado, escalar os relatos entre as áreas sem a necessidade de as vítimas recontarem em repetidas ocasiões os fatos ocorridos e, por outro lado, agilizar o possível registro de uma queixa, reduzindo as lacunas burocráticas.
As mulheres que procuram atendimento direto são forçadas a repetir as agressões sofridas em várias ocasiões, pois são encaminhadas a diferentes níveis de governo e instituições de atendimento, dependendo da violência sofrida, o que gera uma sensação de cansaço, revitimização e uma percepção ruim do atendimento e da confiança nas instituições democráticas.
Os funcionários públicos coletam informações manualmente e as transcrevem em um computador, o que representa uma grande perda de tempo e uma janela para outros erros humanos, como interpretação, paráfrase ou omissão de informações importantes para a vítima.
Mulheres vítimas de violência no estado de Jalisco que procuram a Unidade Metropolitana de Atenção Integral à Mulher e à Criança (UREA).
Funcionárias e funcionários públicos que atendem o primeiro contato, psicólogas, sistematizadoras, tomadoras de decisão e formuladores de políticas públicas.
Implementar um programa modelo “speech to text” para a automação e digitalização do arquivo e relatório das mulheres (adultas) vítimas atendidas nas Unidades da Secretaria de Igualdade Substantiva entre Mulheres e Homens no Estado de Jalisco.
A solução propõe introduzir um gravador que registre o relato da mulher vítima de violência de gênero e usar modelos de IA que convertam o áudio em texto, armazenando diretamente em um meio digital - por exemplo, em um arquivo word – o relato contado diretamente pela vítima e da forma como foi narrado.
Todas as considerações relacionadas ao armazenamento e ao uso de dados sensíveis (relatos das vítimas) foram revisadas, pois foi identificado que o sistema atualmente usado para armazenar os bancos de dados é muito vulnerável. Portanto, é necessário determinar quem será o guardião dos dados, bem como gerar uma legislação específica para a proteção dos dados pessoais das vítimas.
Por outro lado, também é necessário obter explicitamente o consentimento das vítimas para o tratamento de seus dados.
Com o apoio do Tec de Monterrey, foi realizado um diagnóstico da situação atual do processo de atendimento às mulheres vítimas de violência em Jalisco na Secretaria de Igualdade Substantiva entre Mulheres e Homens de Jalisco, a fim de analisar como a inteligência artificial poderia apoiar a instituição em seus processos de atendimento.
O vocabulário usado nos relatos pode não ser compreendido pela máquina (expressões locais, expressões idiomáticas, gírias); além disso, a infraestrutura, os dados de treinamento rotulados e os dados de teste não estão disponíveis no momento, e esses problemas podem levar muito tempo para serem resolvidos.
Observou-se que o “modelo de resumo dos relatos” necessitará de treinamento intensivo. A equipe da Secretaria destacou que o tempo, os dados, a infraestrutura e os recursos podem dificultar a implementação desse modelo. Também não está claro como avaliar se os resumos estão completos e como esse resumo ajudaria no processo.
Semelhante aos desafios na implementação, relacionados ao uso do idioma.
Jalisco
Gênero
Jalisco, México
Governo de Jalisco - Tec de Monterrey
Projeção
Este documento presenta el Informe Final de la auditoría algorítmica del sistema Laura, llevada a cabo por Eticas Research and Consulting.
Esta guía fue diseñada para el personal directivo y docentes que buscan fortalecer la protección de los datos de los estudiantes en las plataformas en línea de sus instituciones educativas.
Este documento forma parte de la serie “Camino hacia la inclusión educativa: 4 pasos para la construcción de sistemas de protección de trayectorias”.